quinta-feira, 24 de abril de 2014

Salmo 126: 1


Quando lemos o texto do Salmo 126: 1, encontramos a atitude que reflete o vislumbre esfuziante de alguém que vivenciou uma coisa extremamente espetacular e, talvez, inesperada acontecer e o levou a reagir com visível perplexidade; parecia ser um sonho, não dava para acreditar no que Deus tinha feito. Era simplesmente desconcertante. Não havia a menor chance de explicação (leia todo o salmo 126).



Igualmente ao que aconteceu depois do Pentecostes – com a pregação apostólica que compungiu o coração de muitos, levando-os a compreender a necessidade de arrependimento e conversão – diante da perplexidade dos ouvintes, a pergunta corrente foi: Como os ouvimos falar em nossas próprias línguas as grandezas de Deus? Todos, atônitos e perplexos, interpelavam uns aos outros: Que quer isto dizer? (At 2: 11b, 12). Estes também estavam sem entender bem as coisas que estavam acontecendo. Estavam embasbacados. Bem ali, na frente de todos. Aquela gente do interior, gente do mar, pescadores, gente sem diploma de universidade, sem curso de línguas, sem doutorado no exterior, pregando e anunciando as grandezas de Deus enquanto homens piedosos vindos de todas as nações debaixo do céu os ouviam falar em seus próprios idiomas. Era simplesmente arrebatador, constrangedor, impactante. Até quem não queria ouvir, com a desculpa de que era de outra cultura, foi obrigado a ouvir as grandezas de Deus, o evangelho de Deus em sua própria língua.



As grandezas de Deus se revelam através do evangelho. Evangelho é boa-nova; é a boa notícia que advém de Jesus, da sua Pessoa e Obra em favor dos que nele crêem. A pregação nos moldes apostólicos não distorce a mensagem central porque não maquia a realidade do pecador. Não é autoajuda porque não associa princípios de emoção ou de psicologia. Concorre diretamente para restaurar a vida de pecadores, para a glória de Deus. O agente que convence e muda a sorte do pecador na pregação é o Espírito Santo que desceu sobre os apóstolos naquele dia determinado por Jesus para o testemunho dele mesmo, e tem o mesmo efeito em nós nos dias de hoje. Preguemos o evangelho do Senhor Jesus Cristo. O mais ele fará nas vidas dos ouvintes.

Nos laços da cruz!

Rev. Carlos Alberto Castorino de Oliveira.

Pastor da Segunda Igreja Presbiteriana de Anchieta.

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