
Ser instrumento nas mãos de Deus, o nosso bondoso Pai, é ser usado para realizar o serviço divino para expansão do seu reino na terra, com o exercício da justiça, do amor e da misericordiosa graça do nosso Senhor. Moisés foi, basicamente, o primeiro servo escolhido; a primeira pessoa chamada por Deus para esse serviço, apesar de viver muito depois de Abraão, de Isaque e de Jacó, com quem o Senhor havia feito uma aliança perpétua. Mas, no plano do Eterno, antes de tratar com os filhos de Israel, Deus tratou com Moisés; antes de tratar com Faraó e com os egípcios, Deus usou Moisés. E uma única coisa lhe foi necessária: fidelidade ao chamado.
A época em que vivemos é a era do pragmatismo onde reconhecidamente, nem todos estão, de algum modo, interessados na meditação e reflexão de verdades teológicas mais profundas. O slogan atual é: “as idéias devem ser testadas pelo seu valor prático”. O que vale e o que as pessoas querem saber é: “funciona?”. Neste aspecto, pessoas há que buscam naquilo que funciona o que lhes dá prazer e se esquecem de que há algo muito mais precioso além do aqui e agora, e que faz parte de um plano que teve a sua origem na eternidade: a salvação pela pregação das boas novas!
A existência humana, como uma peregrinação rumo às verdadeiras dimensões da vida é uma peregrinação da qual o cristianismo fala tratando da existência em outro lugar, de um outro estado de ser, de uma relação real com Deus, o Criador amoroso que não desistiu de sua criação e ainda sussurra aos ouvidos de seus filhos repetidas vezes: “Com amor eterno eu te amei; por isso com benignidade te atraí” (Jr 31: 3). Esse amor eterno é a única explicação para o fato de sermos preservados em meio a tantas idas e vindas, e deve nos direcionar a compartilharmos a mensagem do Salvador.
No passado, Deus viu como os filhos de Israel eram maltratados pelos egípcios e ouviu o clamor do povo. Assim, Deus pretendeu salvá-los de acordo com a aliança que havia feito com eles através dos Patriarcas e encontrou em Moisés o canal para realização do seu plano. No princípio da era da graça, Deus tomou algumas poucas pessoas pelas quais todo o mundo romano foi alcançado com a mensagem do evangelho. Hoje, o princípio é o mesmo, Deus nos encontrou a cada um para sermos o seu canal de pregação da sua mensagem redentora que proclama Jesus Cristo como o único e suficiente Salvador. Para sermos usados hoje como foi Moisés no passado precisamos ser fiéis, custe o que custar.
Saber que os ideais de Jesus são altos, como a sua própria vida evidencia, nos conduz ao entendimento de que muito mais do que vivermos picos de felicidade baseados em prazeres efêmeros, Deus quer nos usar para expandir o nome daquele em quem todas as coisas residem: Jesus Cristo (leia Colossenses 1: 24-29).
Do servo, em Cristo, Paz!
Rev. Carlos Alberto Castorino de Oliveira
Pastor da 2ª IP. Anchieta
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