domingo, 12 de janeiro de 2014

A IGREJA COM CRISTO, VIVENDO DE DENTRO PARA FORA




Li algures que alguém foi procurar a igreja e a encontrou no mundo; foi procurar o mundo e o encontrou na igreja. A igreja é um povo chamado do mundo para ser enviada de volta ao mundo como luz do mundo. A igreja está no mundo, mas o mundo não pode estar na igreja, assim como a canoa está na água, mas a água não pode estar na canoa.

No incomparável sermão do monte Jesus mostrou que antes de a igreja apresentar-se ao mundo como sal e luz, precisa primeiro possuir uma nova vida. As bem-aventuranças falam do que a igreja é. Só depois, Jesus fala do que a igreja faz. Vida precede ação. Caráter precede performance. Vida com Deus precede testemunho no mundo. Se individualmente não formos humildes de espírito, se não chorarmos pelos nossos pecados, se não tivermos fome e sede de justiça, se não formos puros de coração, se não formos mansos, misericordiosos e pacificadores, não poderemos ser sal nem luz. Não podemos demonstrar o que não somos. Não podemos refletir o que não temos. Primeiro precisamos ter vida com Deus para depois termos vida para Deus. Você pode ser sal da terra e luz do mundo! Você pode influenciar positivamente as pessoas de forma particular e também de forma pública! Você pode revelar o caráter de Cristo em suas palavras e ações porque no mundo você não está só. Jesus disse: “E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mt 28: 20)

É tempo de entendermos quem somos para cumprirmos com entusiasmo nossa vocação como sal da terra e como luz do mundo, começando de dentro para fora. 

Em Cristo!
Rev. Carlos Alberto Castorino de Oliveira.

domingo, 5 de janeiro de 2014

2014 – 155 anos da Igreja Presbiteriana do Brasil

Neste ano, a Igreja Presbiteriana do Brasil comemorará seus 155 anos de plantação no solo brasileiro. Textos coletados sobre o tema presbiterianismo dão conta de que foi no dia 12 de agosto de 1859 que o Rev. Ashbel Green Simonton, missionário estadunidense, chegou ao Brasil para plantar a Igreja Presbiteriana. Seu ministério aqui foi de apenas oito anos depois do que veio a falecer de febre amarela aos 34 anos de idade. Mas foi o próprio Deus, em sua fidelidade, que plantou e preservou o povo presbiteriano brasileiro e hoje a Igreja Presbiteriana do Brasil é uma grande e respeitada denominação.

Mas, o que é a Igreja Presbiteriana do Brasil, de fato? Como membro de uma Igreja local o presbiteriano deve conhecer a sua igreja e pode ter total convicção de estar numa Igreja séria porque fundamentada em princípios sólidos caracterizados na Soberania de Deus.

Quanto à sua teologia, as igrejas presbiterianas são herdeiras do pensamento do reformador João Calvino (1509-1564) e das notáveis formulações confessionais (confissões de fé e catecismos) elaboradas pelos reformados nos séculos 16 e 17. Dentre estas se destacam os documentos elaborados pela Assembleia de Westminster, reunida em Londres na década de 1640. A Confissão de Fé de Westminster, bem como os seus Catecismos Maior e Breve, são adotados oficialmente pela IPB como os seus símbolos de fé ou padrões doutrinários. Entre as suas ênfases estão a soberania de Deus, a eleição divina, a centralidade da Palavra e dos sacramentos, o conceito do pacto, a validade permanente da lei moral e a associação entre a piedade e o cultivo intelectual.

No seu culto, as igrejas presbiterianas procuram obedecer ao chamado princípio regulador, isto é, o culto que se atém às normas contidas na Escritura, não sendo aceitas as práticas proibidas ou não sancionadas explicitamente pela mesma. O culto presbiteriano caracteriza-se por sua ênfase teocêntrica (a centralidade do Deus triúno), simplicidade, reverência, hinódia com conteúdo bíblico e pregação expositiva. 

Por mais importante que seja o culto, a vida das igrejas presbiterianas brasileiras não se restringe ao culto apenas, mas também se subordina à educação cristã dos seus adeptos através da Escola Dominical e outros meios; congregam os seus membros em diferentes agremiações internas para comunhão e trabalho; têm a consciência de possuir uma missão dada por Deus, a ser cumprida através da evangelização e do testemunho cristão.

Além da fidelidade e do zelo na pregação da Palavra, a Igreja Presbiteriana do Brasil se estriba na coerência pertinente aos parâmetros teológicos buscando pautar a vida dos seus membros através da educação cristã equilibrada, e pelo engajamento na evangelização mundial.

Um outro importante princípio também muito valorizado pelo presbiterianismo é o comportamento ilibado pela santificação. O mundo está cansado dos teatros e das dissimulações. É preciso compreender de uma vez por todas que o verdadeiro brilho diante das multidões é a vida de piedade e de obediência à Lei de Deus e, consequentemente, vidas impolutas, vidas santas! É disso que o mundo necessita para imitar. Portanto, a Igreja Presbiteriana deve continuar santa neste mundo depravado!

O presbiterianismo tem uma visão abrangente da vida, entendendo que o evangelho de Cristo tem implicações para todas as áreas da sociedade e da cultura. Isso traduz equilíbrio e respeito no relacionamento entre membros e líderes, e entre estes e o Deus Pai, Filho e Espírito Santo – o Senhor. Nisso o Senhor da Igreja é glorificado!


No amor de Jesus Cristo! Rev. Carlos Alberto Castorino de Oliveira.



sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

"Tudo se fez Novo" (II Coríntios 5: 17-21)




A passagem acima pode ser resumida em: mudança/conversão. É isso que um encontro com Jesus proporciona. Simples assim. "E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas (II Co 5:17). É nova criatura – A expressão kainè ktísis – “nova criatura” quer dizer, literalmente, “uma nova criação”.

Note que o texto de 2 Coríntios 5:17 não diz que estas pessoas serão tornadas novas criaturas, nem que elas deverão ser novas criaturas, mas sim que são novas criaturas. A mesma expressão é usada por Paulo em Gálatas 6: 15 onde a ênfase no “ser” é também evidente. A expressão ktísis - traduzida por “criatura” implica em um novo ato de criação como o foi o ato de Deus descrito nos capítulos 1 e 2 do livro de Gênesis. No Novo Testamento a expressão ktísis - é usada para descrever as seguintes verdades:

1) Os atos de Deus como Criador – ver Romanos 1: 20; e
2) Os seres criados, as criaturas – ver Romanos 1: 25.

Existe, na conversão do pecador, um ato da parte de Deus semelhante ao processo da criação do universo - ex-nihilo - e que este poder de Deus é indispensável tanto em um caso como no outro. Que a mudança efetuada pelo poder de Deus no coração humano é tão grande que a melhor maneira para expressá-la é chamar este homem de “novo homem”, “nova criatura” ou “nova criação”. A partir deste momento este homem possui uma nova concepção da vida, novos motivos o impulsionam, novos princípios o controlam, ele possui novos objetivos e novos planos para sua vida. Seus alvos são novos e ele vive, em todas as dimensões, uma vida completamente nova.
Paz do Senhor a todos. Pb. Robson Dias