domingo, 22 de junho de 2014

UNIDOS EM CORPO E ALMA PARA A GLÓRIA DE DEUS.

Na construção da história da vida humana, devemos lembrar que vivemos sempre em meio a batalha sem qualquer lugar desse mundo, seja dentro ou fora de casa. Há batalhas e batalhas, e é muito importante que saibamos distinguir que batalhas devemos lutar. O apóstolo Paulo adverte aos Filipenses que eles devem permanecer juntos e juntos lutarem a batalha pela fé: “Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo, para que, ou indo ver-vos ou estando ausente, ouça, no tocante a vós outros, que estais firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica” (Fp 1: 27).

É salutar a lembrança de que ninguém que entra em uma batalha quer sair dela como perdedor, mas também convém lembrar quem somos e como somos chamados para batalhar a batalha pela fé. Primeiramente tenhamos em mente que somos servos de Deus e que como tal somos desafiados à obedecer ao seu chamado em qualquer circunstância.

Sabedores disso, devemos entender que todos nós somos chamados à luta, não física, mas espiritual. Estamos numa grande guerra contra Satanás, contra a nossa natureza pecaminosa e contra o mundo. Todavia, nessa luta não adianta astúcia, espada ou a força do braço. Precisamos de armas espirituais, precisamos da armadura de Deus: cinto da verdade, couraça da justiça, evangelho da paz, escudo da fé, capacete da salvação e a espada do Espírito que é a Palavra de Deus. Em resumo, as nossas armas são: vida de comunhão com Deus pela oração e pela Palavra; santidade de vida e testemunho de Cristo com palavras e atos pelo poder do Espírito.

Nas batalhas diárias que travamos podemos nos ferir, passar dificuldades e privações, mas não devemos desanimar. Temos que buscar sempre no Senhor novo ânimo, força e direção para prosseguirmos. A cada vitória devemos ser estimulados pela certeza da presença de Cristo conosco e fazer nossas as palavras de Samuel (I Sm 7: 12): Ébenezer (até aqui nos ajudou o Senhor).

A nossa vitória só é possível quando o Senhor está conosco. Porque ele é a fonte da nossa vitória, do nosso estabelecimento e da nossa própria vida. Em Cristo, em última estância toda a obra é dele, todo o trabalho é dele, a vitória é dele, a glória é dele, é para ele, e por meio dele. A ele seja a glória, eternamente. Amém!

Rev. Carlos Alberto Castorino de Oliveira.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

INDIVÍDUOS, MAS CONCIDADÃOS.

O apóstolo Paulo se refere aos crentes de Éfeso com a expressão: “Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus” (Ef 2: 19). Concidadão, segundo definição no vernáculo é o indivíduo que é habitante da mesma cidade ou país que outrem. Ser membro da família dá a conotação de grau de parentesco ou de afinidade entre pessoas. De uma ou de outra forma, o que Paulo evidencia ali é que Deus ligou os crentes daquela região pela pátria celestial para onde caminham e pela adoção em Cristo.
Uma vez unidos por laços de afinidade, as pessoas têm o dever de cuidar umas das outras em benefício do todo, mas é primordial que quem cuida de outrem aprenda primeiro a cuidar de si mesmo. Ao despedir-se dos presbíteros em Mileto Paulo os advertiu a terem cuidado consigo mesmos e depois como rebanho (At 20: 28). Certamente Paulo se referia ao caráter deles.
Li um texto que assevera: “Viver é cuidar. Precisamos cuidar de nosso caráter. O que nós somos hoje veio recebendo seus contornos ao longo de nossa formação. De um modo tão amplo que nada significa, caráter é o que fazemos sem pensar (reações) ou pensando muito (decisões), mesmo que ninguém esteja vendo. É o que somos (bons ou maus) e o que fazemos (bem ou mal). De um modo mais específico, no entanto, caráter é um modo virtuoso de viver, mesmo que ninguém esteja vendo. Quem procura fazer o bem não o faz motivado pelos aplausos humanos. Não tem a ver com ética, que é o jeito socialmente aceito de vivermos no mundo. Tem a ver com moral, que é o compromisso de fazer o que é certo, não importam os valores que estejam de plantão.
Ter caráter é ter um bom caráter. Ter caráter é ter um compromisso com o bem-estar do outro. Ter caráter é viver para que o mundo seja justo. Ter caráter é estar disposto a praticar a transparência da verdade, dita e vivida em amor.
Ter caráter é ser honesto. Ter caráter é desejar viver de modo virtuoso.
Ter caráter é ser bom e isto não muda com o tempo ou com o lugar.
Ter caráter é buscar viver de modo verdadeiro, nobre, correto, puro, amável e excelente (Filipenses 4,8).
Nosso caráter é o nosso maior tesouro. Cuidemos dele!”.  Eis um importante elemento da nossa missão.
Em Cristo!

Rev. Carlos Alberto Castorino de Oliveira.

VIDA “A DOIS” – DEUS SEMPRE ESTEVE CERTO!

A simples leitura do relato da Criação transparece para toda a humanidade a essência do amor divino, isto é, do amor ágape. É chamado de ad intra o amor intratinitrário demonstrado na relação perfeita existente entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo, mas este é um tipo de amor que cabe em qualquer relacionamento. Pelo fato de que Deus é essencialmente amor, ele nos deu também dom de amar. Zeloso, já desde a Criação, Deus decidiu cuidar integralmente de todos os aspectos da existência do homem e dos meios necessários para a manutenção da sanidade do seu espírito, das suas emoções e do seu corpo físico. Depois de publicar que toda a criação era muito boa, Deus atestou o estado do homem como não bom pela ausência da sua contraparte que ainda não havia sido criada. As palavras registradas em Gênesis 2: 18 enfatizam a necessidade de uma determinada companhia para o homem: uma auxiliadora, alguém à sua altura. Sem este alguém para complementá-lo, o homem permanecia incompleto para poder cumprir a tarefa de multiplicar-se, encher a terra e exercer domínio sobre a mesma. Ali, no Éden, Deus viu que a solidão de Adão nada lhe aproveitava, e promulgou acertadamente a seguinte sentença: “Não é bom que o homem esteja só: far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea ...” (Gn 2: 18).
A palavra dita por Deus aponta para a inadequação de Adão, não para a insuficiência de Eva. A mulher foi feita para suprir a deficiência do homem. A versão da Bíblia NTLH assim se refere ao texto suso referenciado: Não é bom que o homem viva sozinho. Vou fazer para ele alguém que o ajude como se fosse a sua outra metade; já a versão de Almeida Revista e Corrigida diz: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele. Em ambas as traduções a palavra idônea traz o sentido de alguém que complementa o outro. Deus nunca erra!
Nos dias atuais recentes estudos realizados por pesquisadores  da Universidade Duke e da Universidade Emory – ambas nos Estados Unidos – que atuam em áreas que não o Cristianismo, trouxeram ao conhecimento público uma realidade que os cristãos sempre souberam: “Deus sempre esteve certo” – como sempre será!Trata-se de uma importante descoberta da ciência.
Na união natural criada por Deus, homem e mulher se completam, e pelo atributo comunicável do amor, passam do namoro para o casamento numa relação abençoada pelo Criador, e permanecem eternamente como namorados desfrutando do benefício da companhia recíproca. Se você é alguém que se encontra desacompanhado, lembre-se: Não é bom que o homem esteja só... Louvado seja Deus pela companhia entre homem e mulher numa relação de vida mútua.
Em Cristo!

Rev. Carlos Alberto Castorino de Oliveira.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

JUNHO, O AMOR PERMANECE!

No mês de junho comemoramos o Dia dos Namorados. Esta é uma época que reflete momentos de inspiradas e profundas demonstrações de afeto com que os casais de namorados – casados ou solteiros – homenageiam seus pares e, com carinho, ressaltam o sentimento que os une. É uma forma especial de expressar o amor. O amor tem lugar garantido em todas as fases da vida e torna-se fundamental espraiá-lo no ambiente da nossa existência.

Amor no grego antigo era expresso pelas três palavras eros, phileo e ágape que constituem importantes elementos no trato relacional dentro das peculiaridades de cada relação. O amor eros se referia ao amor erótico ou sexual que, como sabemos, deve existir dentro do casamento. O amor phileo significava o amor que existia entre pais e filhos, e entre irmãos. Este tipo de amor, que se desenvolve com o tempo, também deve existir no casamento. O amor ágape que é o mais profundo e o mais sublime de todos é o amor caridoso, que sacrifica seus interesses e se doa totalmente.

Esse tipo de amor que sempre caracterizou Deus (cf. João 3: 16) pode ser também encontrado nos relacionamentos humanos. Dorothy Sayers ensina que Deus nada exige de nós que não tenha exigido de si mesmo. Ele nos amou primeiro sem julgar as nossas imperfeições; decidiu nos amar. Em I Coríntios 13: 4-7 lemos que o amor é paciente, é benigno; não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera.

Nascemos para amar e ser amados, deve ser nosso interesse semear o amor a fim de que possamos colhê-lo de volta. Um relacionamento fundamentado especialmente no amor agape pode sobreviver a qualquer tipo de tempestade, desencontros, desavenças, etc. Se alicerçamos nossos relacionamentos no amor agape, Deus aplicará a nós a sua Palavra que diz: “o amor jamais acaba” (I Co 13: 8).

Em Cristo!

Rev. Carlos Alberto Castorino de Oliveira.