domingo, 25 de maio de 2014

A DECISÃO DE SERVIR A DEUS NA FAMÍLIA

Na Edição 714 do Jornal Brasil Presbiteriano, o Rev. Hernandes Dias Lopes apresentou uma excelente reflexão sobre como é possível o serviço de Deus em família, explorando pontos que comumente são negligenciados no convívio familiar. A exposição do ministro torna-se de fácil compreensão, todavia, porque o serviço que glorifica a Deus é uma questão de decisões que precisam ser tomadas por cada um de nós e, por conseguinte por todos de uma família no contexto da sua convivência.

A renovação de propósitos que glorificam a Deus, por exemplo, é uma dessas realidades que devem ser perseguida na família. Diz o reverendo: “Precisamos constantemente rever nossos conceitos e valores e ter coragem de mudar, buscando sempre re-alinhar nossa vida aos princípios da Palavra de Deus. Devemos restabelecer na família a prática do culto doméstico. Devemos manter sempre acesa no altar da família a chama da oração. Precisamos amar a Casa de Deus, tendo prazer de buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça. Devemos restabelecer no lar a prática do diálogo regado de compreensão e amor. Precisamos ser cautelosos nas críticas e, pródigos nos elogios. Precisamos ter disposição para perdoar e jamais guardar mágoas no coração”.

Num ambiente onde esses valores são deixados no esquecimento, princípios básicos de relacionamento são violados e destroem qualquer possibilidade de harmoniosa convivência. Sua ocorrência é prova de que a presença Jesus não está fazendo diferença entre os concidadãos a quem Paulo chamou de membros da família de Deus. Como orienta o Rev. Hernandes, precisamos investir mais e cobrar menos. Precisamos tomar a decisão de fazer da nossa casa o melhor ambiente para se viver. Precisamos, à semelhança de Josué dizer: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24.15)

Em Cristo!
Rev. Carlos Alberto Castorino de Oliveira.

domingo, 18 de maio de 2014

JOVEM, HÁ ESPERANÇA!

Uma recente pesquisa realizada por uma psiquiatra do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) dá conta de que o suicídio é a terceira maior causa de morte entre os jovens no Brasil, sendo superada apenas por acidentes e violência. A pesquisa relaciona este fato a problemas em casa, aumento do uso de drogas e dificuldades financeiras, e informa que entre os jovens, a taxa de suicídio aumentou tendo-se multiplicado por dez, de 1980 a 2000; isto é, de 0,4 para 4 a cada 100 mil pessoas no País. A pesquisa revela, também, que a tendência de aumento é global.

Esse é um dado preocupante, pois a juventude é uma das mais belas e importantes fases da vida. É na juventude que as descobertas se afeiçoam mais tentadoras diante das pessoas; mas é também quando as escolhas se tornam determinantes do modo de vida, do tipo de conduta e da afirmação do caráter que se pretende adotar a partir de então. E é neste momento que o mundo, a carne e o diabo mais ameaçam conspurcar a decisão dos jovens. Se vencidos por esta tríade, só resta decepção e tristeza.

Mas, graças a Deus, nem tudo está perdido. A Bíblia fala de reis, de jovens simples e de pessoas chamadas para o ministério que, desde muito jovens adotaram o critério de não desperdiçarem a oportunidade de fazerem a melhor escolha na juventude: darem prioridade a Deus e às coisas de Deus – Josias, Daniel e Timóteo são exemplos disso. O que há de comum entre eles é que eles preferiram fazer o que é reto perante o Senhor.

Davi perguntou certa vez: “De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho?” E respondeu: “Observando-o segundo a tua palavra” (Sl 119: 9). Este é o segredo. Desejo que todos os jovens se sintam inclinados a buscarem na Palavra de Deus a direção para as suas vidas no caminho a seguir.

Em Cristo!

Rev. Carlos Alberto Castorino de Oliveira.

HOJE É TAMBÉM UM DIA ESPECIAL

A família de Deus está em festa: hoje é celebrado o Dia das Mães. Hoje é “também” um dia especial, porque todos os dias são especiais na medida em que cada um deles é um milagre de Deus. É certo que há pessoas especiais que fazem dias e momentos especiais; neste contexto, as mães sempre serão muito especiais todos os dias.

A fecundidade de uma gestação transmite a mais profunda forma do amor de Deus para com os seres humanos, e a figura da mãe se faz importante em todas as linhas de pensamento justamente porque a maternidade expressa sentimentos viscerais do Criador (cf Isaías 49: 15; Jeremias 31: 20). Esse sentimento gera no coração de todos os que são alvos do testemunho do Espírito Santo acerca da filiação divina proclamada em Romanos 8: 16, a mesma interpretação do Salmo 131: 2 quanto àquela proteção materna de que todos necessitamos, que pode ser traduzida assim: “sinto-me totalmente protegido nos teus braços”.

A maternidade sempre foi uma benção para a família e para a Igreja. Os homens não passam pela gestação como receptores de uma gravidez, mas tem a grandiosidade de nascerem de uma mãe. Apesar dos avanços tecnológicos, não é de conhecimento de ninguém que haja outra forma de se chegar a esse mundo que não seja pela grandiosidade de uma gestação.

Quanto à maternidade e às mães, todos os discursos são válidos para homenageá-las, mas embora nenhum deles seja suficiente para definir o valor desse importante papel desempenhado unicamente pelas mulheres, li alhures que ser mãe é ser pacífica, é ser aprendiz, é ser coerente, corajosa e comprometida com a vida para corrigir, acolher e mostrar o caminho certo; é ser celeiro de amor sem medidas e prazo de validade. Ser mãe é estar ligada intimamente a Deus que é fonte de amor gratuito e infinito.

Parabéns, mamães.

Em Cristo.
Rev. Carlos Alberto Castorino de Oliveira.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

A COMUNIDADE DA FAMÍLIA DE DEUS TEM CRISTO EM CASA


O texto de abertura do livro Famílias Restauradas conta uma história muito interessante sobre a convivência de uma família onde tudo estava dando errado, até o encontro do patriarca, Sr. Alfredo com o Irmão Bento, um monge com fama de ser um excelente conselheiro familiar. Depois de ouvir todas as ponderações do Sr. Alfredo, o monge lhe revela que tudo está dando errado porque Jesus estava disfarçado na casa dele. Preocupado, o Sr. Alfredo reuniu duas vezes a família na tentativa de descobrir quem era o Cristo disfarçado. Mas, como todos só apontassem os defeitos uns dos outros e ninguém tinha certeza de quem podia ser o Cristo disfarçado, resolveram se tratar melhor uns aos outros. Mudaram os maus-tratos para atitudes de mais respeito, ternura e amor. E a vida daquela família mudou para melhor porque ela colocou Cristo no centro da sua vida. E assim devem ser todas as relações sinceras entre as pessoas.

Devemos perceber a presença de Jesus na pessoa do outro, especialmente entre os membros da família, pois Jesus Cristo é preeminente em tudo e sobre todos (cf. Hb3: 1-6), e a família ainda é a célula mãe da sociedade. Temos que continuar acreditando nesta instituição, e procurar caminhos para vencermos os desafios atuais, sem perder o sentido de família como verdadeira Igreja doméstica que tem em seu meio aquele que veio para dar pleno sentido à nossa vida, Jesus. Essa é uma missão de todos nós – escola, sociedade e igreja; somos co-responsáveis pela educação e valorização da família, gênese de uma sociedade mais justa, promotora de valores e práticas que promovem paz, justiça e unidade.

Quando o Jesus de Nazaré é reconhecido no ambiente principal tudo muda, pois ele é a nossa paz; por causa dele já não há hostilidade, mas reconciliação entre os que são da casa ou da família de Deus. Mas, realcemos a nossa memória para lembrar que tudo principia com o reconhecimento de Cristo nos relacionamentos domésticos onde começa a igreja, e desemboca no relacionamento eclesiástico que é a família da fé. Pense nisso...!

Em Cristo.
Rev. Carlos Alberto Castorino de Oliveira.
Pastor da Segunda Igreja Presbiteriana de Anchieta.

UM CAMINHO MELHOR


O evangelista Lucas relata a jornada de dois discípulos de Jesus (Lc 24: 13ss.). Um caminho difícil trilhado por eles depois da morte do Mestre. Os discípulos se dispersaram; a sua fé foi terrivelmente abalada, tudo parecia ter acabado. Diante das incertezas parecia não haver mais esperança. Mas, diferentemente disso, a narrativa do início desse mesmo capítulo fala do caminho que percorreram as mulheres. Elas voltaram à tumba, local do túmulo de Jesus, levando aromas que haviam preparado porque queriam honrar o corpo do Senhor. Ao chegarem, encontraram a pedra removida e o túmulo vazio. Sobre a pedra removida estava assentado um anjo do Senhor que desceu do céu, o qual lhes disse: “Não temais... ele ressuscitou dos mortos e vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis”. No caminho, o próprio Jesus lhes aparece e reafirma as palavras do anjo: “Dirijam-se à Galiléia e lá me verão (Mt 28: 1ss).

A Galileia é o lugar onde Jesus passou pela margem do lago, enquanto os pescadores estavam a consertar as redes e fez os primeiros chamados. É o lugar onde tudo começou, foi onde Cristo chamou os primeiros discípulos, e eles, deixando tudo, seguiram-no (cf. Mt 4: 18-22). Ir para a Galiléia significa voltar ao lugar da primeira chamada. Significa reler toda uma convivência com o Cristo humanizado, isto é, a sua pregação, os seus milagres, e tudo mais que envolveu o seu ministério aqui entre nós; do seu supremo ato de amor, até a traição. Significa reler tudo a partir da cruz e da glória da cruz – a vitória.

Quando consideramos um caminho melhor para prosseguirmos também encontramos a direção dada por Cristo e experimentamos uma fonte viva. Tirarmos energia nova da raiz da nossa fé e da nossa experiência cristã. Retornamos ao início da nossa chamada onde o nosso Jesus nos tocou com a sua graça e, a partir disso, aprendemos que o caminho da cruz com Cristo é o melhor caminho para seguirmos e desfrutamos a cada dia do privilégio de compartilhar esperança e fé no nosso Salvador. Nos laços da cruz!

Rev. Carlos Alberto Castorino de Oliveira.

Pastor da Segunda Igreja Presbiteriana de Anchieta.