quarta-feira, 7 de maio de 2014

UM CAMINHO MELHOR


O evangelista Lucas relata a jornada de dois discípulos de Jesus (Lc 24: 13ss.). Um caminho difícil trilhado por eles depois da morte do Mestre. Os discípulos se dispersaram; a sua fé foi terrivelmente abalada, tudo parecia ter acabado. Diante das incertezas parecia não haver mais esperança. Mas, diferentemente disso, a narrativa do início desse mesmo capítulo fala do caminho que percorreram as mulheres. Elas voltaram à tumba, local do túmulo de Jesus, levando aromas que haviam preparado porque queriam honrar o corpo do Senhor. Ao chegarem, encontraram a pedra removida e o túmulo vazio. Sobre a pedra removida estava assentado um anjo do Senhor que desceu do céu, o qual lhes disse: “Não temais... ele ressuscitou dos mortos e vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis”. No caminho, o próprio Jesus lhes aparece e reafirma as palavras do anjo: “Dirijam-se à Galiléia e lá me verão (Mt 28: 1ss).

A Galileia é o lugar onde Jesus passou pela margem do lago, enquanto os pescadores estavam a consertar as redes e fez os primeiros chamados. É o lugar onde tudo começou, foi onde Cristo chamou os primeiros discípulos, e eles, deixando tudo, seguiram-no (cf. Mt 4: 18-22). Ir para a Galiléia significa voltar ao lugar da primeira chamada. Significa reler toda uma convivência com o Cristo humanizado, isto é, a sua pregação, os seus milagres, e tudo mais que envolveu o seu ministério aqui entre nós; do seu supremo ato de amor, até a traição. Significa reler tudo a partir da cruz e da glória da cruz – a vitória.

Quando consideramos um caminho melhor para prosseguirmos também encontramos a direção dada por Cristo e experimentamos uma fonte viva. Tirarmos energia nova da raiz da nossa fé e da nossa experiência cristã. Retornamos ao início da nossa chamada onde o nosso Jesus nos tocou com a sua graça e, a partir disso, aprendemos que o caminho da cruz com Cristo é o melhor caminho para seguirmos e desfrutamos a cada dia do privilégio de compartilhar esperança e fé no nosso Salvador. Nos laços da cruz!

Rev. Carlos Alberto Castorino de Oliveira.

Pastor da Segunda Igreja Presbiteriana de Anchieta.

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