quinta-feira, 29 de agosto de 2013

UM POVO QUE NÃO ERA POVO

Tratarei com amor àquela que chamei "Não-amada", Direi àquele chamado "Não-meu-povo": Você é meu povo, e ele dirá: "Tu és o meu Deus" (Oséias 2.23).
 
Como ele diz em Oséias, "Chamarei 'meu povo' a quem não é meu povo e chamarei 'minha amada' a quem não é minha amada" (Romanos 9.25-26), nós aceitamos a suprema autoridade da Escritura Sagrada: cada palavra dela é verdade para nós. Contudo, atribuímos peso especial às palavras que são a fala pessoal do Senhor Deus; como neste caso em que Deus é o orador na primeira pessoa. Ficamos ainda mais impressionados quando uma mensagem divina é repetida, em que Paulo escreve "Como ele diz em Oséias". Deus "diz" ainda o que disse há muito tempo. Venham então, almas ansiosas, e ouçam a história da graça de Deus aos seus escolhidos, na esperança de que ele possa fazer o mesmo para vocês.

Observe com atenção, com respeito às pessoas de Deus:

I. SEU ESTADO ORIGINAL: "Não-amados - não meu povo. Eles não foram "amados" no sentido do amor de complacência, de satisfação. Eles não tinham, no mais amplo sentido, obtido misericórdia. Pois eles estavam sob julgamento providencial. Esse julgamento não tinha se tornado uma bênção para eles. Eles nem tinham procurado misericórdia. Eles eram um povo que por enquanto: Não tinha sentido nenhuma aplicação do sangue de Jesus. Não conheceu nenhuma obra renovadora do Espírito. Não tinha obtido nenhum alívio por meio de oração; talvez não tenham orado. Não tem apreciado nenhum consolo das promessas. Não tem conhecido nenhuma comunhão com Deus. E não possui nenhuma esperança do céu ou preparação para ela. É uma descrição terrível, que inclui todos os não-salvos. Com certeza, é com respeito a estas pessoas que a promessa incondicional é feita no texto: "Eu os chamarei meu povo." Quem são estes será visto no devido tempo pelo seu arrependimento e fé, que serão operados neles pelo Espírito de Deus. Existem essas pessoas, e esse fato é nosso encorajamento na pregação do evangelho, pois percebemos que nosso trabalho não será em vão.

II. SUA NOVA CONDIÇÃO: "Chamarei meu povo." Misericórdia é prometida: "[...] ". Uma declaração de amor será feita: "Eu chamarei 'minha amada' a quem não era minha amada" (Rm 9.25). O amor será apreciado. Isso será percebido por outros: "Eles serão chamados os filhos do Deus vivo." Sua semelhança com Deus fará com que sejam chamados os filhos de Deus, assim como os pacificadores em Mateus 5.9. Assim toda bênção será deles com certeza, pessoalmente, para sempre. Reflexões que surgem de tudo isso: Não podemos desistir de ninguém como se não houvesse esperança, mesmo que sejam marcados por provas terríveis de não serem povo de Deus. Ninguém pode desistir, nem em desespero. A graça soberana é a última esperança dos caídos. Que estes confiem em um Deus que é tão livremente gracioso, tão onipotente para salvar, tão resolvido a trazer para si aqueles que pareciam que até ele próprio havia rejeitado, a que todo mundo havia abandonado como não sendo povo de Deus. (Extraído)

Que Deus à todos nos abençoe.
Pb. Jessé Calixto