quarta-feira, 6 de maio de 2015

“Quando ainda estava escuro” João 20.1-9




"No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro".

Tudo começa no escuro, não apenas no sentido físico, mas também espiritual. Por isso o evangelista diz: 'quando ainda estava escuro', designando, pelo estado do tempo, o estado da mente, na qual pairavam as trevas da dúvida.

De fato, na Paixão do Senhor, os discípulos caem, um a um. Judas o trai, Pedro o nega, os outros fogem covardemente. Aos pés da Cruz, alguns parecem permanecer – Maria Madalena e João, por exemplo –, mas, quando a pedra rola, fechando o túmulo de Cristo, rola outra pedra sepultando também a fé destes. Maria Madalena viu o sepulcro vazio e achou que ele tinha sido violado. Então, ela "saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava". Recebendo a notícia, também saíram a correr os dois discípulos. Aqui, porém, embora amorosa, a sua corrida é desesperada e incrédula.

A narrativa deste domingo termina assim: "De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos".

A pedra do túmulo de Cristo não foi rolada para Jesus sair, mas para os discípulos entrarem e constatarem que ele estava vivo.

Não existem “provas” da ressurreição de Cristo, mas "sinais" que dão testemunho dessa verdade. O crente precisa, pois, dar um passo a mais. Precisa purificar a sua fé, passando da "noite escura da dúvida", para a “iluminação do Espírito Santo”.

No amor de Jesus.

Joel Villon da Costa, Pr


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